Como situações cotidianas podem determinar o destino das pessoas em uma sociedade baseada no individualismo? Até onde somos mestres das nossas atitudes? Até onde o sistema em que vivemos impõe ou determina o caminho que iremos “escolher”?
O conto nos envolve na vida de um sujeito comum, trabalhador, persistente no dia a dia, assim como todos nós. As situações inusitadas que acontecem com ele, poderiam acontecer com qualquer um.
Com uma prosa fluida e instigante a autora nos leva a reflexões sobre temas que amedrontam todos nós e nos ajudam a voltar o olhar para o outro, aquele que insistimos ignorar.
Segue abaixo um trechinho do livro:
“Parecia o sonho do proletariado, a vida boa prometida a quem trabalha: uma atividade desinteressante e repetitiva, num ambiente climatizado, um salário fixo que poderia ser melhor, e pouco tempo livre para pensar sobre essas coisas. A serenidade da ocupação, sem conflitos ou perturbações, o deslizar moroso das nove horas diárias; a segurança de uma existência medíocre – tudo isso se ajustava perfeitamente à minha perspectiva de vida para os próximos anos, eu estava muito animado[…]”
Quando eles falaram eu custei a crer. Fiquei surpresa e confusa. Tinha um vago sentimento que parecia remorso, mas não
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Trecho de “Os invisíveis”:
“De barriga cheia e um pouco mais calmo, no caminho de volta pude usufruir do sentimento de companheirismo ou empatia que acomete colegas de trabalho ou indivíduos que compartilham da mesma dificuldade. Atravessamos o estacionamento sob o sol quente da uma da tarde e no meu íntimo eu apenas repetia como um mantra, ‘apenas formalidades’.”
Um convite à reflexão sobre a vulnerabilidade e riscos que todos nós estamos sujeitos na sociedade atual.
Sandra Abreu nasceu no Rio de Janeiro, em 1983. Formou se em Sistemas de informação e Telecomunicações. A sua escrita diversifica-se em formatos como conto, crônica e novela.
Escreve desde a infância, mas somente em 2023 submeteu seus trabalhos para o público, revistas e editoras.
Suas obras, abordam temas contemporâneos como capitalismo, meio ambiente, sociedade, novas tecnologias e precarização do trabalho em uma literatura de leitura fácil e fluída.
"De barriga cheia e um pouco mais calmo, no caminho de volta pude usufruir do sentimento de companheirismo ou empatia que acomete colegas de trabalho ou indivíduos que compartilham da mesma dificuldade. Atravessamos o estacionamento sob o sol quente da uma da tarde e no meu íntimo eu apenas repetia como um mantra, ‘apenas formalidades’. "
Conto finalista no Prêmio Amazon Meu Conto Inesquecível 2023
Conto Selecionado para publicação pela Revista TAUP 2023
"Olhei ao redor procurando cúmplices para compartilhar dessa alegria inesperada, mas era somente eu ali agachada e a moça do mercado absorta na rua. Escolhi uma tulipa para levar, apesar de todas estarem perfeitas. Senti que era uma pena deixá-las naquele canto. Mas, tinha esperança de que, ao vê-las, qualquer pessoa sentiria essa mesma alegria infantil e levaria uma flor para casa também. "
Crônica selcionada para publicação na 11º edição da revista Mar de Lá Edição – Setembro 2023
"A cada dois meses, mais ou menos, eles sentiam a necessidade de realizar essa defumação em família. Era como uma expurgação conjunta, uma purificação das energias não só da casa, mas deles mesmos, um lembrete peródico de quem eram e das suas origens. Cada um abria suas gavetas e tirava de dentro os itens mais estimados. Incensos eram acesos, bonecas e santos enfeitavam as janelas e bandeiras eram posicionadas em seus lugares sagrados, músicas argentinas ecoavam pelos cômodos..."
Que é isto amor, para que me tratar assim? Eu só te mostrei a foto dessa mulher por que achei ela parecida com você; linda e alegre nas ruas de Nova Iorque. Eu sei, eu sei que você não conhece Nova Iorque, mas não custa se imaginar, né? Olha, eu só quero seu bem e essa foto representa tanta coisa boa, que até a mulher se parece com você. E no mais ela está calçando esse tênis colorido que você queria. Eu vi que você estava pesquisando esses dias, lembrei e te enviei essa foto.
Conto finalista do Festival Maranhense de Conto e Poesia da Uema 2023
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